terça-feira, julho 14, 2009

Fogo a Apresentar-se

É neste tom negro, verde dum lado, árido doutro,
que me mostro a quem me observa das alturas,
com este perfil afunilado e as mil e uma fissuras,
pois, visto assim dos ares, nunca tive outro rosto.

Pareço explosivo, mas não sou nenhum monstro!
Albergo uma gente afável, oriunda de mil culturas;
jacente em mim, um vulcão ergue-se nas alturas
e confere-me, além de estilo lapidar, egrégio posto.

Cobre-me, aqui, manto verde de árvores e sisais;
ali exibo as lavas e as terras e ribeiras ressequidas;
além, no negro chão, verdes videiras e muito mais;

Beijo o mar com beiços negros de areias aquecidas;
meus nobres sobrados são do colonialismo os sinais;
o vinho e o café atestam meu bom gosto nas bebidas.

2 comentários:

Unknown disse...

Sim ki ta skrebedu primu. Nho ka txakota nah. Kel abrasu y ka nho demora pa skrebe di novu. nho xa di makakisa.

Eliezer

Manuel Alector Ribeiro disse...

Nho dipos de Pedro Cardoso é nho ki ta manda na poesia na Djarfogo. Nho continua ta escrebé. Nho é pisado. Kel abrasaun de sempre. Sodade nho.

Alector_mg.