terça-feira, abril 08, 2008

Em Memória do Meu Amado Pai

Hoje, 8 de Abril, é o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro. Este post é mais de carácter pessoal, porque dedicado ao meu falecido pai, em virtude de ele ter sido levado deste mundo, vítima desta doença, que o consumiu de uma forma surpreendente, em Outubro de 2004. Tinha eu ido a Cabo Verde de férias nesse ano, nas férias de Verão, e ele estava aparentemente bem, sem se queixar de nada. Porém, de repente, ele ficou muito doente e, no hospital, diagnosticaram-lhe um cancro incurável, em estado bastante avançado, que já lhe tinha deteriorado a maior parte dos órgãos internos. Não demorou três meses e ele faleceu. Nessa altura já me encontrava de volta a Portugal, para meus estudos e eis que a péssima notícia se me surge na madrugada de um dia que ia ter um teste. Um pouco antes já tinha sido informado por um dos meus irmãos do seu débil estado e que podia contar com o pior ainda naquele dia. Senti-me fraco e desprotegido, ausente e incapaz, inútil, porque não podia estar com meu pai nos últimos minutos da sua vida. É tristíssimo perder um pai!, é demasiado deprimente não poder estar ao pé dele num momento de profunda consternação e chorar a dor que o seu desaparecimento físico nos provoca. Sentia-me desligado, mas, mesmo assim, rabisquei uns versos que para sempre vou ter comigo, pois, nesse dia, além de chorar a dor da minha perda, a única coisa que pude fazer foi conceber/redigir este pequeno poema, que, para mim, representa imenso a presença constante do meu pai na minha vida, apesar de ele já não poder manifestá-la fisicamente:

Em Memória do Meu Amado Pai

Acabo de receber, há pouco, a notícia de que estás muito, muito mal
E que poderás não amanhecer amanhã de manhã com vida!
Meu pai, a vida prega-nos sempre uma triste e inesperada partida...
E tristeza tão tamanha e profunda, para mim, jamais haverá igual!

Papá, saber-te assim, tão subitamente, vítima de uma doença fatal,
À beira da negra morte, numa luta vã e, ao que tudo indica, já perdida,
É, para teus filhos, arrasante, deprimente, uma desolação descomedida....
Ficaremos sem tua abençoada bênção do Ano Novo e sem ti no Natal!...

Voltei a ligar ao meu irmão e eis que mais triste e desesperado fico:
Há gente ali contigo a ver-te padecer, pessoas à espera da tua vida o fim!
Contudo, pessoas que com isso nunca contariam - e muito menos assim.

Para quem se revelava de saúde e força um homem sobejamente rico,
Meu amado pai, foi tudo, para todos, tão surpreendentemente repentino;
Surpresa má, mas "fazer o quê?": afinal é a vida cumprindo seu destino!

FFS, Coimbra, aos 14 dias de Outubro de 2004.

4 comentários:

Oscar N. Gomes disse...

Infelizmente conhecemos a dor de perder o pai, mas como disseste, é a vida cumprindo o seu destino.

Um grande abraço e força!!
OG

FFS disse...

Mas temos a felicidade de termos tido um excelente pai, de ele nos ter amado fielmente e de nos ter proporcionado tudo o que somos.
Aquele abraço amigo!

Anónimo disse...

Como diz o poeta: " A vida é apenas um intervalo, entre o nascimento e a morte". Tudo alguem tem se hora marcado...ou tarde ou cedo...ou justo ou injusto...sem ter em conta as circunstancia...pamodi simplesmente e hora...e destino...e é sta arriscado!!! Foi bonito nho mostra ma na undi ker kel sta sempre sta ku nho...e el merece tudo homenagem!!!! Alias ninguem ka ta squeci "TONEIA". Força la Bro!!!!!

Anónimo disse...

Nha broda, nha grande amigo, grande homenagem digno de pai ki bo tem, sima elvis fla ninguem ka ta esqueçi de figura que bo pai foi e el ta continua ta ser ,pa nos ki teve previlegio de konxel, kel abraço e bo sabi ma Deus é fiel e kel abraço....

Patrick(LN)