A cidade de S.Filipe deve ser a cidade mais quente do país e o calor que lá se faz sentir é arrasador. Entretanto, quando se começa
a sair da cidade em direcção ao interior (áreas relativamente próximas), sente-se o ar fresco a correr e a coisa muda de figura. Por isso, como sempre digo, adoro ser do interior e não trocava a minha zona, Luzia Nunes (LN), por nenhuma outra. Não só pela frescura, mas também pela simplicidade que é a vida lá, pela maior liberdade de que se goza, pela simpatia dos vizinhos e de todo o mundo que lá vive, por se poder numa boa ter a criação de animais e hortas sem grande stress, enfim por mil e uma coisas que lá é trivial acontecer e que na cidade nem se sonha tentar. Digo LN e digo qualquer outra zona rural, cada uma com a sua especificidade.
Em tempos, a cidade de S.Filipe estava, por assim dizer, dividida em duas áreas: uma parte em que só moravam pessoas de grandes posses e outra em que os "coitados" tinham uma casinha para se abrigar. A cidade cresceu muito, mas não extraordinariamente, e agora estas disparidades não existem assim como antigamente. O que pode existir - e isto acontece em todo o lado do mundo - são as diferenças entre classes sociais e aquela discriminação sem cabimento com relação a pessoas do interior, discriminação essa que só toca quem se deixa tocar e se encolhe sem mostrar o que vale. Não é caso alarmante, mas é caso para se incutir na mentalidade pobre de certas pessoas que se acham, de alguma forma, melhores por residirem na ci
dade e por acharem que todos sonhamos lá viver. Repito aqui que não é meu caso e nem da grande maioria das pessoas do meio rural que eu conheço no concelho de SF.
Essa estranha configuração com que a nossa querida ilha do Fogo se apresenta ao país e ao mundo, é razão de alguma curiosidade por parte de pessoas alheias a essa realidade paradoxal, mas, mesmo assim, nós, os filhos do imponente vulcão, gostamos imenso do que temos - estranho ou não -, porque, muito embora nos identifiquemos sempre com o país, adoramos a nossa alteridade e o que temos de peculiar.

Em tempos, a cidade de S.Filipe estava, por assim dizer, dividida em duas áreas: uma parte em que só moravam pessoas de grandes posses e outra em que os "coitados" tinham uma casinha para se abrigar. A cidade cresceu muito, mas não extraordinariamente, e agora estas disparidades não existem assim como antigamente. O que pode existir - e isto acontece em todo o lado do mundo - são as diferenças entre classes sociais e aquela discriminação sem cabimento com relação a pessoas do interior, discriminação essa que só toca quem se deixa tocar e se encolhe sem mostrar o que vale. Não é caso alarmante, mas é caso para se incutir na mentalidade pobre de certas pessoas que se acham, de alguma forma, melhores por residirem na ci

Essa estranha configuração com que a nossa querida ilha do Fogo se apresenta ao país e ao mundo, é razão de alguma curiosidade por parte de pessoas alheias a essa realidade paradoxal, mas, mesmo assim, nós, os filhos do imponente vulcão, gostamos imenso do que temos - estranho ou não -, porque, muito embora nos identifiquemos sempre com o país, adoramos a nossa alteridade e o que temos de peculiar.
2 comentários:
Pois e FFS. Keli e un di kes kuzas ki ta faze Fogu sabi. Pa ka fra di argen ki Fogu ten.
Nho kontinua nha boy.
OG
só nôs de fogo que sabê e que ta conpreendi ora que nu fra ma fogo ê sabi.
ê mesmo sabi, sem mas comentario!
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